Classificação

      O Parque Natural do Alvão foi criado pelo Decreto-Lei n.º 237/83, de 8 de junho. No preâmbulo desse diploma legal pode ler-se que o sítio conhecido como Fisgas de Ermelo, situado na serra do Alvão,  é sobejamente conhecido na região pelos seus valores naturais únicos ou raros.

      A serra do Alvão, paredes meias com o Marão, é uma área com formações xistosas do Silúrico de grande interesse paisagístico e geológico, cujo fulcro é a queda de água do rio Olo, em Fisgas de Ermelo. Aí, onde ocorrem quartzitos do Ordovício Inferior, dispõem-se as bancadas em anticlinal aberto e de eixo inclinado para SW, i.e. para jusante do rio Olo. A sua altitude é de 800 m, descendo em várias cascatas, um desnível de 250 m num percurso de 1500 m.

      Cita-se ainda o filão de andaluzite no alto de Cravelas, a zona de Muas, o caos granítico que culmina na catedral granítica de Arnal e na queda de água do moinho de Galegos da Serra.

      No rio Olo, rico em trutas, pode ainda encontrar-se a lontra Lutra lutra. 

     Em toda esta região a avifauna é abundante e diversificada, incluindo, nomedamente a águia-real, a qual ainda recentemente ali nidificava. Entre os mamíferos estão presentes, entre outros, o javali Sus scrofa, o corço Capreolus capreolus, o texugo Meles meles, a lebre Lepus granatensis e o coelho Oryctolagus cuniculus. Entre os répteis pode encontrar-se o sardão ou lagarto-de-água Lacerta schreiberi e a víbora cornuda Vipera latastei.

      A flora e a vegetação são também ricas e diversificadas.

      Não menos notável é a arquitetura tradicional de alguns dos seus povoados, sobretudo em Ermelo e Lamas de Olo, com uma arquitetura serrana própria e aspetos sociológicos, artesanais e paisagísticos de grande interesse, sem esquecer Fervença, com a sua zona agrária verdejante e formosa, disposta numa sucessão de socalcos.

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